Pará está entre os maiores exportadores 1n5q3
Publicado Diário FMem 17/01/2025 1i5q6r
O Pará manteve sua relevância no comércio exterior em 2024, ficando entre os maiores exportadores do Brasil com um crescimento de 3,06% em comparação com 2023. O Estado registrou um saldo comercial positivo de US$ 20.916.083.990, com exportações que totalizaram US$ 22.967.437.504 e importações que somaram US$ US$ 2.051.353.514, representando crescimento de 7,26%. Os dados são do Ministério da Economia, analisados e divulgados pelo Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA CIN). 4r6w45
O Pará consolidou sua posição de liderança na Região Norte, respondendo por 77,9% das exportações regionais, que totalizaram US$ 29.633.386.377. O Estado também se destacou como o segundo maior exportador da Amazônia Legal, ficando atrás apenas do Mato Grosso, e alcançou a sexta posição no ranking nacional de exportações, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso e Paraná.
Para o presidente da FIEPA, Alex Carvalho, o desempenho positivo da balança comercial do Pará reflete a força econômica do Estado e sua contribuição para o desenvolvimento regional e nacional.
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“Nossa economia ainda é fortemente baseada na exportação de commodities, que têm, sim, um papel importante na geração de emprego e renda. No entanto, podemos amplificar essa contribuição através da verticalização da produção industrial. Isso exige um esforço conjunto para melhorar a atratividade do nosso estado, por meio de mecanismos que incentivem a modernização do parque industrial”, destacou Carvalho.
O resultado da balança comercial paraense em 2024 foi impulsionado pelo setor mineral, responsável por 84% do total exportado pelo Estado. Mesmo com uma variação negativa de -1,53%, o minério de ferro liderou o segmento, movimentando US$ 12.785.190.757, com 168.532.705 toneladas, tendo a China como principal mercado. O cobre apresentou alta de 24,48% e alcançou US$ 3.053.115.231; a alumina calcinada cresceu 16,33% e somou US$ 1.883.985.103; e o alumínio não ligado e seus derivados tiveram um crescimento de 48,68%, registrando US$ 234.619.219.
Produtos como soja e carne bovina também ganharam destaque. Apesar da variação negativa de -9,31%, a soja exportou US$ 1.502.852.432 e 3.479.769 milhões de toneladas, tendo como principal comprador a China.
Já a carne bovina registrou alta de 45,62% com valor exportado de US$ 736.562.430, com destaque para os mercados da China e Oriente Médio. De acordo com Francisco Victer, coordenador do Movimento Aliança Paraense pela Carne, os números refletem a ampliação de negócios com a China, a partir da habilitação de novas indústrias no Estado.
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“O aumento das exportações de carne em 2024 foi impulsionado pela habilitação de quatro novas indústrias paraenses para o mercado chinês, dobrando o número de frigoríficos aptos a negociar com o país. Além disso, houve expansão das vendas para grandes mercados como Israel, Emirados Árabes, Hong Kong e Filipinas, além de novos destinos, como Líbia, Uruguai e Albânia. Para 2025, a expectativa é de resultados ainda melhores, com a habilitação de mais indústrias e a abertura de novos mercados, incluindo Estados Unidos, Chile, Japão, Coreia do Sul e União Europeia”, explicou Victer.
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- Entre os produtos que também registraram alta estão os sucos de frutas, com crescimento de 40,72%, tendo como principal destino a Alemanha; a pimenta “Piper”, que apresentou crescimento de 55,63%, principalmente para os Estados Unidos; o palmito, que teve alta de 55,67%, em especial para os Estados Unidos; o arroz, que aumentou 87,95%, com destaque para o mercado da Libéria; além das farinhas, sêmolas e pós, que chegaram a um patamar de crescimento de 96,38%, principalmente para os Estado Unidos.
- De acordo com Cassandra Lobato, coordenadora da FIEPA CIN, as expectativas para 2025 são promissoras, com a ampliação das relações comerciais entre o Brasil e países da Europa, a partir do acordo de livre comércio Mercosul-União Europeia, consolidado em dezembro de 2024. “O Pará segue como líder da região Norte e as expectativas para a balança comercial do Estado são positivas, considerando fatores como a continuidade do crescimento das exportações, especialmente em setores estratégicos como mineração e produtos agropecuários. A diversificação das exportações, com foco em produtos não tradicionais, como soja e carnes, também pode contribuir para impulsionar o saldo comercial”.
- Canaã dos Carajás (PA) aparece como a terceira cidade que mais exportou no país no último ano, com US$ 6.702.550.801 e destaque para o minério de ferro, ficando atrás das cidades do Rio de Janeiro (RJ) e Duque de Caxias (RJ). Parauapebas (PA) também aparece entre as seis cidades brasileiras que mais exportaram, com US$ 6.245.678.432, também com o minério de ferro. No contexto do Pará, o interior foi responsável por 83% do total de exportações, enquanto a região metropolitana de Belém contribuiu com 17%.