Augusto Montenegro: do mato ao cenário da urbanização de Belém 4q3e6o

Publicado Diário FMem 01/06/2025 261b1z

Quem trafega pela avenida Augusto Montenegro, em Belém, percebe rapidamente que cada espaço disponível se tornou valioso. A via, que há poucas décadas ainda guardava longas faixas de mata, terrenos vazios e poucos empreendimentos, hoje exibe uma paisagem urbana completamente diferente. De condomínios verticais a grandes redes de atacado, ando por feiras, comércios de bairro e até um shopping, a avenida reflete o avanço da urbanização na capital paraense, consolidando-se como um verdadeiro corredor de desenvolvimento que liga o centro da cidade ao Distrito de Icoaraci. 4s5m5x

Quando chegou na região do Mangueirão, em 1978, seu Paulo Sérgio Guimarães, de 69 anos, autônomo, se deparou com um cenário bem diferente do atual. “Aqui era só mato. Só existia a parte geral do Mangueirão, o resto era tudo mata. Nem esse conjunto aqui, o Carmelândia, existia. Era só caminho, poucas casas, poucos moradores”, relembra.

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Segundo ele, até trem ava por ali na época, algo inimaginável hoje em meio ao desenvolvimento e crescimento do bairro. “De 1980 pra cá foi que as coisas começaram a mudar, quando começaram a ampliar a rodovia. Aí os empreendimentos começaram a surgir, tudo foi se transformando”, conta.

O avanço dos empreendimentos na via trouxe também novas oportunidades. Para ele, aposentado mas que precisava de uma renda extra para manter a casa, a mudança foi sinônimo de mais clientes. “O movimento do pessoal que pega ônibus, muita gente circulando diariamente faz com que ajude no nosso trabalho”, compartilha.

Ao longo da via, estão localizados pontos de referência como: o Estádio Estadual Jornalista Edgar Proença – conhecido como Estádio Olímpico do Pará, popularmente chamado Mangueirão –, inaugurado em março de 1978; o Centro de Ciências e Planetário do Pará (CPA) – Planetário do Pará “Sebastião Sodré da Gama” – , fundado em 1999; shopping center – o Parque Shopping –, inaugurado em 2012; além de hipermercados, atacadistas e grandes redes de varejo, e também concentra importantes estruturas do transporte público, como o Terminal de Integração do BRT Mangueirão, que faz conexão com vários bairros da capital.

Morador do bairro desde a mesma época, Nelson Ramos, 63, lembra bem de como era viver na região do Mangueirão naquela época. “Isso aqui era praticamente um deserto. Só tinha uma estradinha que ligava o Coqueiro a Icoaraci. Depois que começaram os empreendimentos, vieram mais casas”. Depois de morar no perímetro até 1984, se mudou para o Rio de Janeiro, mas retornou há três anos e se surpreendeu com as mudanças.

“Tem um shopping, uns condomínios, mas prédios em si ainda é pouco. E valorizou muito, está bem valorizado”, observa ele, que mora no conjunto 40 horas e segue acompanhando de perto a transformação da avenida, trabalhando mais próximo, no terminal do Mangueirão.

Ao longo de sua extensão, a avenida conta com diversos bairros, como Marambaia, Mangueirão, Parque Verde, Tapanã, Coqueiro, Parque Guajará, Tenoné, Águas Negras, Agulha – Campina de Icoaraci, além de servir de ligação para a Ilha de Outeiro.

Dona Carmina Mota, de 74 anos, mora há mais de quatro décadas no bairro Campina, já na entrada de Icoaraci. Bragantina de origem, ela lembra bem como era quando chegou. “Quando eu vim para cá, estavam ainda planando essas ruas. Isso aqui não tinha nada. Depois que começaram a chegar os comércios, os pontos na calçada, os mercadinhos, as coisas foram aparecendo”.

O crescimento acelerado trouxe mais moradores e mais movimento, mas também desafios. “Hoje tem comércio de todo tipo. Você anda na calçada e vê gente vendendo de tudo. Cresceu muito, mas precisava melhorar as calçadas, porque tem lugar que a gente não consegue nem ar direito. E segurança também. Isso aqui virou uma cidade dentro da cidade”, comenta Carmina.

A valorização imobiliária é outra consequência direta dessa ocupação acelerada. Há quem tenha a oportunidade de emprego através dos terrenos e imóveis da região. O porteiro Arijorge Costa, de 60 anos, trabalha bem em frente a rodovia, e vê o lado bom da transformação, mas também compartilha preocupações.

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“Hoje você tem mais escolas, supermercados, farmácias, tudo perto. Estou nas proximidades há 30 anos, como porteiro aqui há 12 anos, e hoje, quem olha nem acredita como era antes. Só que o trânsito ficou pesado, os ônibus vivem lotados e, à noite, falta iluminação em muitos pontos. Mas não dá pra negar: aqui hoje é valorizado. Quem tem terreno ou comércio, está feito”, resume.


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